terça-feira, 30 de agosto de 2011

Manual prático para construir um país idiota




Cristovan Grazine

O que faria um Governo que quisesse nos dominar? Quais seriam as medidas que ele tomaria para nos tornar cada vez mais vulneráveis aos seus mandos e desmandos?
Qual seria a situação ideal para que um Governo corrupto desenvolvesse plenamente suas intenções exploradoras?


Neste vídeo estarão algumas primeiras medidas que esse “governo” bandido iria tomar “caso” alcançasse o poder. Lembrando que é uma situação meramente hipotética, sem nenhum pé na realidade, e qualquer semelhança com a vida real é fruto de mera de coincidência.

1 - Primeiramente, deve-se acabar com a educação de qualidade:
Esse é um passo importante, pois pessoas conscientes e bem educadas reclamam demais. Logo enfraquecer a estrutura educacional do país, tornando-a quase inexistente, a ponto dos alunos poderem se dedicar a libertinagem total, ateando fogo nas cortinas e agredindo seus professores – já seria um bom começo. Os educadores haverão de ser muito mal remunerados, e nada incentivados, para que não se corra o risco de um deles realmente querer formar alguns cidadãos de bem.
Garantir que professores e alunos não possuam material didático é de suma importância, lembrando que o Estado Idiotizador deve, sob todas as formas, coibir o bom aprendizado nas escolas.

2 – Dar oportunidades para poucos
Fato é que se muitas pessoas conseguirem ascensão social, altos salários e serem valorizadas por seus trabalhos, essas irão discordar de uma forma de governo voltada a idiotização. Logo o estado idiotizador haverá de se ocupar em garantir que somente algumas famílias e grupos possam ter acesso aos bens de consumo, ao poder, a mídia e etc.
Bons atos jamais haverão de ser reconhecidos! Ninguém será premiado por ser um bom médico, um bom advogado, um bom professor ou um bom trabalhador. Porém poderá se conseguir ascensão social, fama e dinheiro sendo jogador de futebol, dançarina do tchân e outras profissões mais, de “muito valor para o desenvolvimento da nação”.

3 – Criar uma mídia inútil
Tendo em vista que se muitas pessoas começarem a manifestar suas opiniões e críticas, isso ameaçaria o regime. Logo é necessário manter os veículos de comunicação nas mãos de poucas famílias, que o estado idiotizador possa controlar e ter acesso. Assim, nenhuma informação ou notícia indesejável teria espaço na mídia, e no lugar delas seria veiculado manchetes sobre futebol, culinária e fofocas sobre os famosos.
É muito importante rechear a programação da TV aberta com programas inúteis, com dançarinas semi nuas em roupas bregas, pessoas sorteando dinheiro, programas de humor sem graça, noticiários que não prezem pela informação – mas sim pela violência gratuita, programas de esporte que fiquem horas e horas discutindo os rumos da seleção, ou seja, qualquer programa que não estimule os telespectadores à pensarem. Deve-se evitar sob qualquer circunstância veicular programação que conscientize ou dê conhecimento à população, e caso o faça, que seja de madrugada, para que atinja o menor número de pessoas possível.

4 – Garantir que o sistema de saúde seja horrível
Para manter uma população sob controle, é indispensável que essa esteja com a saúde debilitada.
Enfim, o estado idiotizador deve fazer com que poucos tenham acesso a um tratamento de saúde adequado, de modo que a grande maioria – mesmo que seja para passar por uma consulta simples – deva ficar um enorme tempo das suas vidas em filas de espera. E caso o cidadão consiga de alguma forma marcar uma consulta, o tempo de espera é de no mínimo 3 meses.
Essa é uma ferramenta muito boa para controlar uma população, já que caso eles se revoltem muito, basta piorar ainda mais a qualidade do serviço, e logo eles mesmo morrerão – evitando problemas para o estado idiotizador.
Além dessas medidas é importante garantir os altos preços dos remédios. Caso um deles consiga por um acaso marcar uma consulta, sobreviva até ela, e de fato consiga ser atendido; os preços altos dos remédios garantirão que o cidadão não tenha acesso a um tratamento digno sob qualquer circunstância.

5 – Cobrar altos impostos...
Ah, os impostos!
Deve-se criar um sistema completamente injusto de arrecadação. De modo que o preço duma bicicleta, ou de qualquer mercadoria, seja metade somente de impostos. E em tudo será cobrado taxas e mais taxas...
O governo te cobrará para viver, para trabalhar, para comprar, para vender e inclusive para morrer!
E o cidadão jamais terá o retorno desse dinheiro. Na República da Idiotocracia os impostos não são para se promover melhorias na sociedade.

6 – Garantir a Impunidade
Num país plenamente imbecil, a justiça não é cega, e muito menos é para todos.
Caso alguém cometa um delito, mesmo que muito grave, irá para a cadeia (uma espécie de escola preparatória para o crime organizado) e voltará dentro de pouco tempo para as ruas, de modo a desempenhar suas atividades - de bandido - com uma maior aptidão que antes.
Isso auxilia o Estado Idiotizador, pois dissemina o medo entre as pessoas, que não terão coragem de sair das próprias casas. E dominadas por essa sensação de pânico, estarão mais suscetíveis à dominação imposta. Ficarão mais tempo à frente da televisão, e se tornarão cada vez mais alienadas.
Quanto àquelas pessoas que se aproveitam do povo, essas jamais deverão ser presas. Corrupção deve ser considerada algo comum, e jamais como motivo de prisão ou punição.

7 – Tudo tem que não funcionar
Tudo, absolutamente tudo, deverá funcionar mal. Se você for tirar um documento,um RG por exemplo, ele demorará muito para chegar. Os correios não enviarão as correspondências no prazo, os serviços públicos de água, esgoto e luz sempre estarão com problemas, as estradas deverão ser pessimamente cuidadas (mesmo com a cobrança de pedágios) – sem contar no IPVA caríssimo todo ano – ou seja todas funções da sociedade deveram falir!
Cabe ao Estado disseminar a falência geral pelo país, promovendo o mal funcionamento de tudo que existir nele. Os cidadãos devem se sentir sempre mal atendidos, e de nenhuma forma terem à quem recorrer.

8 – Promover o desemprego
Garantir empregos para a população não deve ser uma meta principal. Pessoas que trabalham, geralmente querem pensar e reivindicar direitos...Isso não faz bem à nação.

9 – Jamais investir em tecnologia
Esse país dos sonhos, terá que sempre sobreviver da exportação de produtos primários. Nosso papel global deverá ser de somente fornecer produtos brutos – soja, cana de açúcar, café, minério de ferro e carne. E a produção e exportação desses deverá se concentrar (assim como a mídia) nas mãos de poucas famílias e elites dominantes.
Investir em tecnologia, pesquisa & desenvolvimento e exportação de bens de produção com alto valor agregado, não deverá ser prioridade. Já que isso traria oportunidade para muitos cidadãos estudarem, produzirem e fazerem parte do desenvolvimento nacional.
Ressaltando, deve-se fazer desse país uma grande fazenda. Onde poucas famílias controlarão a produção, enquanto os outros deverão servir esse sistema através de sub-empregos e trabalho fabril.

10 – Empregar pessoas que dupliquem sua renda em poucos anos no governo!
A medida mais importante! Nós deveremos empregar nos governos pessoas que visem somente duplicarem suas rendas em poucos anos. Parasitando todo o sistema, e trabalhando sempre para si próprios, e nunca para o bem coletivo.
É importante que muitos ignorantes trabalhem na administração do país. Que muita gente despreparada assuma cargos importantes na esfera governamental.
Que elas se apropriem do que não é seu, que se corrompam, que aproveitem das pessoas, que roubem toda a população. Aí sim o povo já mal educado, doente e desempregado perderá a fé até em seus próprios representantes.
Tendo isso se consumado, podemos dar boas vindas à uma idiotocracia plena!

Tendo lido isso, você a partir deste momento, está preparado (a) para identificar alguma dessas ações, caso algum governo ou governante queira montar aqui no Brasil, ou em algum outro pais, o regime de idiotocracia plena. Mas isso numa hipótese muito distante, magina um negócio desses na "terra do berço explendido" né? Magina...

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