quarta-feira, 27 de abril de 2011

TORRADAS QUEIMADAS!




(e o grande valor de TOLERÂNCIA !)

Quando eu ainda era um menino, ocasionalmente, minha mãe gostava de fazer um lanche, tipo café da manhã, na hora do jantar.
E eu me lembro especialmente de uma noite, quando ela fez um lanche desses, depois de um dia de trabalho muito duro.
Naquela noite, minha mãe pôs um prato de ovos, linguiça e torradas bastante queimadas, defronte ao meu pai.
Eu me lembro de ter esperado um pouco, para ver se alguém notava o fato.
Tudo o que meu pai fez foi pegar a sua torrada, sorrir para minha mãe e me perguntar como tinha sido o meu dia na escola. Eu não me lembro do que respondi, mas me lembro de ter olhado para ele lambuzando a torrada com manteiga e geleia e engolindo cada bocado.
Quando eu deixei a mesa naquela noite, ouvi minha mãe se desculpando por haver queimado a torrada.
E eu nunca esquecerei o que ele disse: " - Adorei a torrada queimada..."
Mais tarde, naquela noite, quando fui dar um beijo de boa noite em meu pai, eu lhe perguntei se ele tinha realmente gostado da torrada queimada. Ele me envolveu em seus braços e me disse:
" - Companheiro, sua mãe teve um dia de trabalho muito pesado e estava realmente cansada...
Além disso, uma torrada queimada não faz mal a ninguém.
A vida é cheia de imperfeições e as pessoas não são perfeitas.
E eu também não sou o melhor marido, empregado, ou cozinheiro, talvez nem o melhor pai, mesmo que tente todos os dias!
O que tenho aprendido através dos anos é que saber aceitar as falhas
alheias, escolhendo relevar as diferenças entre uns e outros, é uma das chaves mais importantes para criar relacionamentos saudáveis e duradouros.
Desde que eu e sua mãe nos unimos, aprendemos, os dois, a suprir as falhas do outro.
Eu sei cozinhar muito pouco, mas aprendi a deixar uma panela de alumínio brilhando.
Ela não sabe usar a furadeira, mas após minhas reformas, ela faz tudo ficar cheiroso, de tão limpo.
Eu não sei fazer uma lasanha como ela, mas ela não sabe assar uma carne como eu.
Eu nunca soube fazer você dormir, mas comigo você tomava banho rápido, sem reclamar. A soma de nós dois monta o mundo que você recebeu e que te apoia, eu e ela nos completamos.
Nossa família deve aproveitar este nosso universo enquanto temos os dois presentes.
Não que mais tarde, o dia que um partir, este mundo vá desmoronar, não vai.
Novamente teremos que aprender e nos adaptar para fazer o melhor."


De fato, poderíamos estender esta lição para qualquer tipo de relacionamento: entre marido e mulher, pais e filhos, irmãos, colegas e com amigos.
Então filho, se esforce para ser sempre tolerante, principalmente com quem dedica o precioso tempo da vida, a você e ao próximo.

                              

Estou precisando dessa tolerância!
Ai meu Deus, como é difícil!!!!!!! 

terça-feira, 26 de abril de 2011

MEU PAI MEU AMOR ETERNO


Tem muitos momentos especiais que me lembram meu pai mas como essa música...

Um Dia de Domingo
Eu preciso te falar
Te encontrar de qualquer jeito
Pra sentar e conversar
Depois andar de encontro ao vento

Eu preciso respirar
O mesmo ar que te rodeia
E na pele quero ter
o mesmo sol que te bronzeia
Eu preciso te tocar
e outra vez te ver sorrindo
E voltar num sonho lindo

Já não dá mais pra viver
Um sentimento sem sentido
Eu preciso descobrir
a emoção de estar contigo
Ver o sol amanhecer
e ver a vida acontecer
Como um dia de domingo


Faz de conta que ainda é cedo
Tudo vai ficar por conta da emoção
Faz de conta que ainda é cedo
E deixa falar a voz do coração



Você foi e sempre será minha referência de honestidade e ética.
Vou te amar pra sempre!

segunda-feira, 25 de abril de 2011

DOIS CORAÇÕES - Nana Caymmi


De que é feito o amor?                        
Dizem que o amor é pai                  
O que o amor me deu                       
Ninguém vai me tirar                 
 O meu amor só crê                                 
Nas visões que o amor me dá
Se uniu dois corações
Não vai mais separar

Uniu dois mundos em vidas tão separadas
Juntou caminhos, mas separou as estradas
Cadê o amor, cadê?
Sinto que ele vai chegar
Posso morrer de amor
Ou por amor calar
 O meu amor só crê
Nas visões que o amor me dá
Se uniu dois corações
Não vai mais separar

MENGOOOOOOOOO

sábado, 23 de abril de 2011

FELIZ NIVER NINI


Que Deus te abençoe e que teu anjo protetor continue sempre ao teu lado.
Te amo, teamo, teamo.
Feliz Aniversário!

Pra você:


Essa música era a sua preferida quando pequenininha...rs


E essa era a melodia que eu colocava para você dormir...rs
Quanta saudade!!!!!

Te amo minha filha!
Você foi o melhor presente que Papai do Céu já me deu.

Que São Jorge guerreiro, seu santo protetor te guie por todos os caminhos de tua vida.


Amém!

 

sexta-feira, 22 de abril de 2011

BELÍSSIMAS...



Gregorian - Stairway To Heaven Live in Prague feat.
Violet (Led Zepellin)



Gregorian - Wish You Were Here - Pink Floyd





Gregorians - The Sound of Silince 

ESPELHO DA ALMA - Paramahansa Yogananda


Não somos perfeitos, precisamos de amor e compreensão para as nossas falhas.
Felizes aqueles que percebem isso a tempo de ainda serem felizes...

terça-feira, 19 de abril de 2011

FINGI SER GARI POR UM MÊS E VIREI INVISÍVEL




TESE DE MESTRADO NA USP por um PSICÓLOGO


"Fingi ser gari por 1 mês e vivi como um ser invisível"


Psicólogo varreu as ruas da USP para concluir sua tese de mestrado da 'invisibilidade pública'. Ele comprovou que, em geral, as pessoas  enxergam apenas a função social do outro. Quem não está bem posicionado sob esse critério, vira mera sombra social.

Plínio Delphino, Diário de São Paulo.


O psicólogo social Fernando Braga da Costa vestiu uniforme e trabalhou um mês como gari, varrendo ruas da Universidade de São Paulo.

Ali,constatou que, ao olhar da maioria, os trabalhadores braçais são 'seres invisíveis, sem nome'.

Em sua tese de mestrado, pela USP, conseguiu comprovar a existência da 'invisibilidade pública', ou seja, uma percepção humana totalmente prejudicada e condicionada à divisão social do trabalho, onde enxerga-se somente a função e não a pessoa. Braga trabalhava apenas meio período como gari, não recebia o salário de R$ 400 como os colegas de vassoura, mas garante que teve a maior lição
de sua vida:

'Descobri que um simples bom dia, que nunca recebi como gari, pode
significar um sopro de vida, um sinal da própria existência', explica o pesquisador.

O psicólogo sentiu na pele o que é ser tratado como um objeto e não como um ser humano.
'Professores que me abraçavam nos corredores da USP passavam por mim, não me reconheciam por causa do uniforme. Às vezes, esbarravam no meu ombro e, sem ao menos pedir desculpas, seguiam me ignorando, como se tivessem encostado em um poste, ou em um orelhão', diz.
No primeiro dia de trabalho paramos pro café. Eles colocaram uma garrafa térmica sobre uma plataforma de concreto. Só que não tinha caneca. Havia um clima estranho no ar, eu era um sujeito vindo de outra classe, varrendo rua com eles. Os garis mal conversavam comigo, algunsse aproximavam para ensinar o serviço.
Um deles foi até o latão de lixo pegou duas latinhas de refrigerante cortou as latinhas pela metade e serviu o café ali, na latinha suja e grudenta. E como a gente estava num grupo grande, esperei que eles se servissem primeiro.
Eu nunca apreciei o sabor do café. Mas, intuitivamente, senti que deveria tomá-lo, e claro, não livre de sensações ruins. Afinal, o cara tirou as latinhas de refrigerante de dentro de uma lixeira, que tem sujeira, tem formiga, tem barata, tem de tudo. No momento em que empunhei a caneca improvisada, parece que todo mundo parou para assistir à cena, como se perguntasse:  'E aí, o jovem rico vai se sujeitar a beber nessa caneca?' E eu bebi.  Imediatamente a ansiedade parece que evaporou. Eles passaram a conversar comigo, a contar piada, brincar.

O que você sentiu na pele, trabalhando como gari?
Uma vez, um dos garis me convidou pra almoçar no bandejão central.
Aí eu entrei no Instituto de Psicologia para pegar dinheiro, passei pelo
andar térreo, subi escada, passei pelo segundo andar, passei na biblioteca, desci a escada, passei em frente ao centro acadêmico, passei em frente a lanchonete, tinha muita gente conhecida. Eu fiz todo esse trajeto e ninguém em absoluto me viu.
Eu tive uma sensação muito ruim. O meu corpo tremia como se eu não o dominasse, uma angustia, e a tampa da cabeça era como se ardesse, como se eu tivesse sido sugado. Fui almoçar, não senti o gosto da comida e voltei para o trabalho atordoado.
E depois de um mês trabalhando como gari? Isso mudou?
Fui me habituando a isso, assim como eles vão se habituando também a situações pouco saudáveis. Então, quando eu via um professor se aproximando - professor meu - até parava de varrer, porque ele ia passar por mim, podia trocar uma idéia, mas o pessoal passava como se tivesse passando por um poste, uma árvore, um orelhão.
E quando você volta para casa, para seu mundo real?
Eu choro. É muito triste, porque, a partir do instante em que você está inserido nessa condição psicossocial, não se esquece jamais.
Acredito que essa experiência me deixou curado da minha doença burguesa.
Esses homens hoje são meus amigos. Conheço a família deles, freqüento a casa deles nas periferias. Mudei. Nunca deixo de cumprimentar um trabalhador.
Faço questão de o trabalhador saber que eu sei que ele existe.
Eles são tratados pior do que um animal doméstico, que sempre é chamado pelo nome. São tratados como se fossem uma 'COISA'.


*Ser IGNORADO é uma das piores sensações que existem na vida!

Respeito: passe adiante!

sábado, 9 de abril de 2011

CHORO POR TI REDENTOR




Choro por ti Redentor, que neste momento choras por todos. Debruço minhas lágrimas sobre o Realengo e molho de tristeza a escola enlutada. Quero neste momento soluçar os meus sentimentos no desespero das mães, na súbita perda que não mais retorna, na ausência que ora brota entre tantos brotos que se foram ceifados pelo transtorno da violência desalmada. Choro por ti Redentor! (por Sergio Nunes)

quarta-feira, 6 de abril de 2011

COM QUE DIREITO ME ENSINASTE A VIDA?



Soneto
Chico Buarque
Por que me descobriste no abandono
Com que tortura me arrancaste um beijo
Por que me incendiaste de desejo
Quando eu estava bem, morta de sono

Com que mentira abriste meu segredo
De que romance antigo me roubaste
Com que raio de luz me iluminaste
Quando eu estava bem, morta de medo

Por que não me deixaste adormecida
E me indicaste o mar com que navio
E me deixaste só, com que saída

Por que desceste ao meu porão sombrio
Com que direito me ensinaste a vida
Quando eu estava bem, morta de frio




****

sexta-feira, 1 de abril de 2011

PARA REFLETIR...


Seu tempo está se acabando...
Seu tempo está se acabando...

:: Silvia Malamud ::

      Como reagiria se, repentinamente, soubesse que seus momentos na Terra estivessem prestes a acabar?
Se soubesse, por exemplo, não haver segunda chance para resolver questões fundamentais de sua vida.
Quais questões seriam relevantes somadas à pergunta que certamente não iria calar: - Tem sido feliz? Ou, o que tem feito de sua existência para literalmente ser?

O tempo daqui da Terra passa e não é nada etéreo como tantos imaginam. Todas as coisas quando paradas envelhecem ou caducam, inclusive, nós como seres humanos. Por isso mesmo nos vemos quase frequentemente obrigados a nos exercitarmos e isso, penso eu, vai além dos exercícios físicos propriamente ditos ampliando-se para conquista de novos pensamentos, de novas idéias e ideais, bem como de inovadoras possibilidades de sermos.

Se compreendermos, sem apego algum, de que o todo aqui vivenciado é pura experimentação, fica infinitamente mais fácil agirmos e de nos soltarmos de modo responsavelmente livre.
Qualidade e consciência sobre praticamente tudo o que fazemos também é ingrediente substancial. Logicamente que no suposto pacote chamado "experiência de vida", cabem os acertos e erros, afinal, estamos ininterruptamente aprendendo.

Mesmo estando imbuídos por crenças ou fé no que quer que seja do plano espiritual, a nossa vida consciente e concreta acontece neste aqui e a nossa certeza maior é de que esta oportunidade única terá um fim. Um dia, provavelmente, não daremos mais conta de acompanhar a dinâmica física do tempo, mas daí, com a experiência da transformação constante superaremos os limites impostos pela natureza do corpo continuando nossas jornadas de transformação em outros níveis.

Se soubermos sair dos devaneios existenciais que muitas vezes nos hipnotizam e paralisam, podemos utilizar uma variedade de conhecimentos adquiridos pela humanidade no sentido de efetivamente validar a qualidade do nosso existir.

Paraísos pós-morte, purgatórios, vidas paralelas, vidas passadas, experiências fora do corpo, religiões... Você que se busca em áreas transcendentes apenas entende racionalmente os processos? Já se questionou que valia tem isso para você, o que efetivamente de beneficio e de mudança concreta você tem feito em sua jornada terrena? Está mais forte? Mais definido? Mais feliz? Isso serve para qualquer padrão hipnótico e, portanto, anestesiado de existência que se esteja vivendo.

Não há mais tempo! É hora de acordarmos das nossas mortes em vida, a fim de termos a certeza de que quando chegarmos lá no final, poderemos olhar para a vida vivida estando plenamente satisfeitos com a jornada, dizendo: - Tchau Vida, eu te vivi e estive literalmente vivo!

O que você tem feito para você mesmo para ser feliz? Você é feliz?
Já teve a sensação de estar apenas passando o tempo... Ou pior, perdendo o seu precioso tempo na companhia de alguém que não lhe diz nada? Situação onde facilmente poderia virar de costas e ir embora se permitindo mudar toda uma situação de vida?

Ocorre que o ser humano tem pavor por mudanças... Imagine ousar trilhar caminhos onde o imponderável pode acontecer, o medo fica maior ainda, fica o pior dos mundos. Por isso mesmo, é compreensível que a maioria prefere o ruim, porém conhecido, pelo simples fato de terem medo do não-sei-quê a própria vida oferece desde que nascemos. Nascemos sabendo surfar e bem, mas com o passar do tempo esquecemos esta nossa habilidade. Nem sei se os surfistas têm noção disso em suas ondas... Espero sinceramente que sim...talvez mesmo por isso tenham personalidades aparentemente mais livres, anticonvencionais.

Os artistas de alma geralmente são assim também, mas alcançar este status onde podemos romper com estruturas em busca de sermos felizes, não é fácil, não.Lembro de um paciente que foi traído por sua esposa e que se virou literalmente do avesso na terapia a fim de perdoá-la numa possível reconciliação. No final, ele estava tão mudado que o que disparou toda esta autopesquisa e transformação já não eram mais o ponto central que o movia fazendo-o separar-se.

Chegou num momento onde percebeu que seu casamento baseava-se numa estrutura de vida que já não estava mais compatível com o que ele era naquele momento. Seus ideais primitivos e aprendidos haviam perdido sentido. Notem que essa é a jornada dele e não é regra para quem faz terapia. Quem decide se aprofundar em si mesmo, também mergulha num universo desconhecido de transformação cuja finalidade é o bem-estar e a capacidade de escolha responsável/consciente e não a falta de opção de estar vivendo situações, normalmente desfavorável para a pessoa. O que, na maioria das vezes, gera tristeza, agressividade e toda a sorte de sofrimento emocional em si e nos que estão em volta.

Voltando para este paciente, no seu processo de transformação, quando estava decidido a romper com o casamento, veio a questão do único filho de 7 anos, do casal. Este paciente ficou em conflito por desestruturar o lar e, nos seus pensamentos, sofria por imaginar o quanto que o filho sofreria por ter um lar desfeito, com o pai morando em outro local e a guarda ficando com a mãe. Na continuação de seu processo terapêutico, decidiu que iria se separar de qualquer modo. Na sua percepção, entendeu que o filho teria uma vida fortalecida sabendo que o pai quando não esteve contente com uma situação fez o que pôde para manter, até que entendeu ser insustentável, tendo coragem de ir em busca de sua própria felicidade, optando por não viver triste e apagado em nome de uma situação, morta, que já não fazia mais sentido. Pensou que o filho teria a imagem de que temos que tentar de tudo e que podemos escolher, podemos mudar as nossas vidas, sem deixar de sermos responsáveis e livres para ousar.
              Sua vida é o sei maior bem. Pense nisso
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